domingo, 2 de maio de 2010

NEYMAR, REI DE SÃO PAULO

Na Espanha, ele chegou a ser chamado de o “Messi brasileiro”. No Brasil, a torcida santista fez coro para que o técnico Dunga o levasse para a África do Sul. Se o jovem Neymar, artilheiro do Santos na temporada, seria ou não um peixe fora d’água na Copa, é para se pensar. Mas um fato não deixa dúvidas: a atuação dele e da nova geração de meninos da Vila Belmiro deu um banho nos adversários.

Foram goleadas insólitas, mas plausíveis: pelo Campeonato paulista, 5XO sobre o Monte Azul e na Copa do Brasil 8x1 contra o Guarani (com direito a cinco gols de Neymar), para ficarmos com dois exemplos. Houve momentos de tropeço, mas no último domingo, o clube praiano levantou a taça, mesmo com a derrota diante do ataque certeiro do Santo André. Agora, Neymar, o nome do Campeonato Paulista, é rei – pelo menos, rei de São Paulo.

Por quanto tempo o atacante continuará nadando em águas brasileiras, ninguém sabe. Como em matéria de futebol brasileiro, o que é bom dura pouco, a diretoria do Santos tem buscado parcerias com empresários para manter o craque Neymar no clube pelo menos até o final do ano. Enquanto isso, na Europa, já estão lançando as redes para fisgar o garoto de 19 anos. Resta ao torcedor do bom futebol esperar que Neymar jogue todo o Campeonato Brasileiro.

Um dos méritos de Neymar e sua trupe é devolver ao nosso futebol o que ele tem de melhor: a alegria de sua espontaneidade. A cada partida, gols feitos com molecagem e a cada gol, uma dança. Seria bonito se a Seleção Brasileira – com ou sem Neymar – jogasse assim na Copa. Afinal, o Santos de Neymar provou que futebol-arte também pode ser campeão.

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