segunda-feira, 31 de maio de 2010

A CURIOSA CRENÇA DE IVETE SANGALO

Zapeando ontem, detive-me no quadro O Curioso, do programa Fantástico. Protagonizado pelo ator Lázaro Ramos, a atração levava algumas pessoas à uma entrevista surpresa como a cantora baiana Ivete Sangalo. Perguntada por um dos participantes sobre Deus, Ivete disse acreditar tanto em um Deus Todo-Poderoso a ponto de pensar que Esse Ser não permitiria a existência do diabo.

Muitos que creem em Deus não lhe fariam objeções. A questão, talvez, anterior ao debate sobre a existência de Satanás, gire em torno da forma como acreditamos em Deus. Ivete Sangalo não detalhou sua crença, e nem desejo conjecturar sobre isso. Por outro lado, muitos descreem do diabo porque acreditam em um Deus desvinculado de Sua revelação, a Bíblia. Para os cristãos, o Deus que existe Se revelou. Ele nos criou para nos relacionarmos com Ele.

A existência do mal não implica em redução do poder divino, ou mesmo de Sua bondade. Deus criou seres livres. O amor só pode existir quando há liberdade, mesmo que a liberdade ofereça riscos, principalmente no que diz respeito ao seu mau uso. Assim, a Bíblia se reporta à queda de Lúcifer (Is. 14; Ez. 28), um anjo puro criado por Deus, que, por ambição, quis ser Deus.

Deus permite que o diabo exista, enquanto dá provas inequívocas dos efeitos do pecado. Todos podem escolher qual lado seguir. Ao mesmo tempo, somos responsáveis pelas escolhas feitas. A existência do diabo não quer dizer que o mal seja inevitável, como se ele fosse o causador de todo pecado. Ora, se assim fora, não haveria culpa em nenhuma falta que cometemos. (Ainda ouço cristãos comentarem: “fulano era tão consagrado; mas o diabo fez ele largar da mulher”). Se nos apegarmos a Jesus, aquele que embora tentado jamais pecou (Hb. 4:15), poderemos vencer todo engano. E talvez, o maior engano, esteja na curiosa crença de que o diabo não existe!…
Leia também: A canção e a vida

Um comentário:

Anônimo disse...

Um ponto muito importante do raciocíno de Ivete Sangalo não é exclusivo de pessoas desprovidas do contato com a Revelação Bíblica:
O relativismo a respeito da Pessoa Divina.
Imperceptívelmente muitos cristãos tem adotado esse mesmo relativismo na sua abordagem de Deus.
Esse relativismo se expressa no desleixo com que a música cristã e produzida atualmente, na ética cristã contemporânea e em boa parte das formas que os cristãos modernos têm de expressar suas crenças interiores.
Cristãos tatuados, amantes de jóias, apaixonados por futebol ( estamos em um momento esportivo onde essa paixão se mostra ainda mais exacerbada...), frequentadores de cinemas, manifestações políticas, festas populares e etc, nada mais estão fazendo do que externar o mesmo relativismo na abordagem de DEUS, ou seja, que Ele é tão "bonzinho", "tolerante" que n~çao irá mergulhar ninguém nounferno por crenças consideradas "periféricas"... Assim se edifica outra Babel....

Vale até dizer que o DIabo não existe, ecoando alguns teólogos liberais alemães....





Evanildo Ferreira de Carvalho