segunda-feira, 26 de abril de 2010

A TRANSFORMAÇÃO QUE DÁ IBOPE

Diversas mídias deram destaque à novela Bela, a Feia, exibida pela rede Record. O folhetim, inspirado na colombiana Yo soy Betty la Fea, provou de um boom na audiência. A razão? A aguardada transformação que a personagem principal Bela sofreu. Dada como morta, ela retorna como Valentina, executiva belíssima. Aliás, uma rápida pesquisa de imagens no Google confirma: nem na série original ou mesmo no remake norteamericano Ugly Betty a transformação foi tão radical.

O segredo do sucesso repentino sequer chega a surpreender. Basta tomar uma belíssima atriz e usar todos os recursos de maquilagem para enfeiá-la (diversas reportagens contaram o que fizeram a Gisele Itié, protagonista da trama da Record, para que a atriz parecesse gorda e com rosto desproporcional). Daí, cria-se a expectativa de sua transformação e voilá.

O fundo moral de Bela, a Feia bate na velha tecla: não importam as aparências, mas o interior e blá, blá. Ironicamente, a novela se desmente: se o interior é o mais importante, por que a menina feia tem que se submeter a uma superprodução e aparecer fashion? Isso sem se levar em conta o público, que reagiu positivamente à Bela repaginada, mostrando que beleza interior é mesmo assunto que interessa apenas a decoradores. De reles 5 pontos, pior momento da novela, com a nova versão, foram atingidos 18 pontos de audiência. Alguns chegam a especular que no Rio de Janeiro a Record passou a Globo em audiência com a novela, atingindo o primeiro lugar.

Isso porque as aparências não importam…
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Um comentário:

Anônimo disse...

A Bela é feia que nem o cão chupando manga!


Evanildo F. Carvalho