domingo, 28 de fevereiro de 2010

SONHO QUE MUDA A CEGUEIRA DA REALIDADE




Um garoto pobre perdido em uma instituição cristã. Até que uma mulher, Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock) resolve acolhê-lo em sua casa. Esse é o enredo do filme Um sonho possível (USA, Warnwe Bros, 2009). Originalmente baseado na biografia de Michael Lewis, o título original da obra era The blind side e a princípio se cogitou chamá-lo por aqui de Lado cego. Uma tradução literal seria O ponto cego, título evitado talvez por já dar nome a outro filme.

Temos que considerar que o título em Inglês é mais significativo (além de menos água com açúcar) do que o nacional. O trabalho dos jogadores de futebol norteamericanos é proteger o companheiro que está com a bola. Big Mike (Quinton Aaron), o protegido de mrs. Tuohy possui um forte senso protetor. Isso, quando bem canalizado, tornar-se um poderoso recurso para sua grande atuação no esporte.

Simultaneamente, o próprio Mike está no ponto cego da maioria de seus colegas de classe e professores, por sua origem humilde e suas parcas habilidades acadêmicas. O amor que ele recebe de toda a família de Leigh abre-lhe as portas para um desolvimento integral.

O papel deu o Globo de Ouro à Sandra Bullock. Ela mesma sabe ser improvável ganhar o Oscar. Apesar dos méritos do filme, a atuação da atriz não constitui nenhum ponto alto. O roteiro em si é mais contundente e Sandra Bullock apenas não o prejudica. Ao mesmo tempo, tem sido atribuído à presença dela o sucesso de Um sonho possível nas bilheterias: mais de U$$ 200 milhões somente nos USA. O feito é inédito para um filme estrelado por uma estrela, sem a presença de um astro forte.

Seja como for, o filme é uma boa pedida para ressaltar como o acolhimento, o interesse pelo outro e a disposição de dialogar e entender aqueles que são diferentes têm o poder de transformar vidas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, estava navegando pelo google e vi sua página! Estava justamente procurando textos sobre este filme. Me emocionei do começo ao fim. Sou casada, mas ainda não tenho filhos. Sonho um dia ter condição de ter uma familia grande e poder adotar, minha familia me chama de doida, mas eu sei que tem inúmeras crianças sem a oportunidadede de ter um lar, uma família, amor... Esse filme mecheu muito comigo! Atiçou ainda mais esse desejo que tinha no meu coração. Aproveitei para ler alguns posts que chamaram minha atenção e por isso gostaria de parabenizá-lo e motiva-lo a escrever mais, trazendo estes temas polêmicos que precisam ser ouvidos. Abraços e sucesso!!! Natália Melo São Luís - MA