quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ANTES DA LUZ, UM GANSO



A José Miranda Rocha

Quem viu de perto o inferno? Ante o povo, na rua,
Preso ao expor a Palavra e não o erro da Sé.
Ao Ganso resoluto evita-se que instrua
Aos boêmios na verdade e pureza da fé.


A almucântara em breu. Despem-no. A ofensa crua
Lhe infringem. Cresce o lírio em meio ao massapé
De escárnio e de blasfêmia. E a sorte de gazua
Sofre como o seu Mestre, o Homem de Nazaré.

(...) O último hino saiu de Tabor. Como sigla,
O general caolho ergue o sabre, e com fúria!
Sob a tropa real, cede o gelo e os traga o Igla.

(...) Se em vaus de piche vender soem o erro romano,
Em Leipzig (quase na Boêmia) uniu-se a Cúria,
E a Lutero o Senhor deu armas contra o engano!

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