quarta-feira, 29 de julho de 2009

SALVANDO DARWIN (OU: CONJUGANDO O INCONJUGÁVEL)



Sob o mote de terminar a briga sem fim travada em solo americano, Karl W. Giberson escreve seu livro, colocando-se na tradição de C.S. Lewis e seu Clube socrático de Oxford. Para ele, o paradoxo se estabelece a partir da consideração de que os E.U.A são um país onde boa parte dos cidadãos manifesta fé na ciência e tecnologia, enquanto seus conterrâneos se apegam a uma interpretação literal de Gênesis. As premissas de Gibersons? A Teoria da Evolução passa pelos testes de credibilidade e pode se fundir à crença em Deus.

Com este começo nada promissor, Saving Darwin: how to be a christian and believe in Evolution (Salvando Darwin: como ser um cristão e crer na Evolução) foi lançado pela Harper Collins Publishers no ano passado. A obra é prefaciada pelo Dr. Francis Collins, outro forte expoente do Evolucionismo teísta. Assim, o texto de Karl W. Giberson revela-se sintomático de uma tendência que atrai um grande número de cientistas e pesquisadores na atualidade.

Ocorre que o Evolucionismo teísta descarta as afirmações bíblicas incompatíveis com o Naturalismo Filosófico, relegando-as ao plano de "não-literais". Penso que assumir tal postura acaba dando margem a um uso seletivo da Bíblia - ou pior ainda: não faz justiça às pretenções da Palvra de Deus. Temos de nos lembrar que toda Escritura é inspirada por Deus (2 Tm. 3:16). Pelo lado da Bíblia, são inaceitáveis as asserções do Evolucionismo, quer teísta ou não.

Quanto as evidências naturais, tampouco poderia se justificar os pressupostos evolucionistas. Neste exato momento, Michel Behe e William Debimski estão aguardando alguém que refute com sucesso os argumentos do DI. Se alguém tiver mais PHDs que algum deles, e quiser tentar a sorte, vá em frente! É claro que não se trata de uma luta individual: existe uma comunidade de cientistas adeptos da Evolução (mais por acomodação filosófica) e outra que se volta para o DI. No meio-de-campo, surge o Evolucionismo teísta, desagradável para céticos e supernaturalistas, porque tenta conjugar o inconjugável. É impossível ficar em cima do muro - ele não vai permanecer em pé por muito tempo...

Leia também:
Relação entre Naturalismo Filosófico e Pós-Modernidade parte 1

Nenhum comentário: